Coronavírus: Infectologista não descarta risco e dá dicas para evitar contaminação no Carnaval

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Apesar do Brasil não ter nenhum caso confirmado do novo Coronavírus, é legítimo que a população fique com medo, principalmente com a aproximação do Carnaval. De acordo com o infectologista, professor da UniFTC e coordenador de um laboratório de análises clínicas em Salvador, Claudilson Bastos, “motivo real existe”. “Agora, a nível de campanha mundial e nacional está tendo um devido controle, mas um perigo real existe. E a aglomeração de pessoas é um problema para qualquer vírus”, ponderou o especialista.

“No caso do Coronavírus, até então está concentrada na China, a gente não sabe até que ponto isso irá chegar até aqui, ou quando, como a gente sabe. Mas há um controle a nível da vigilância epidemiológica nos aeroportos, da entrada de pessoas procedentes de lá. Acho que o controle está acontecendo, mas infecções virais não deixam de acontecer”, afirmou o médico.

O professor destaca que é quase inevitável, em situações de grandes aglomerações, o risco de transmissão de vírus por via aérea e contato entre pessoas. Um exemplo é a gripe comum após os festejos momescos, que até acaba levando o nome da música do Carnaval. No caso da folia de Momo, a única maneira de evitar de fato a contaminação por vírus com estas características de transmissão é não ir para a festa. “A melhor maneira é evitar o Carnaval”, pontuou Claudilson, ao acrescentar que as orientações do Ministério da Saúde e de protocolos vigilância epidemiológica é de que as pessoas mantenham distância de um metro entre si ou utilizem máscaras. “Mas as pessoas não vão usar máscara no Carnaval”, lembrou.

No caso das pessoas que trabalham durante a festa e não têm a opção de não ir, a recomendação do infectologista foi de adotar os mínimos cuidados que possa ter, a exemplo da utilização de álcool gel e quando for espirrar fazer isso direcionado ao cotovelo e não na palma da mão.

Quanto ao transporte público, que também concentra grande número de pessoas, o perigo é com pessoas que estejam perto tossindo ou espirrando. O ônibus ou trem do metrô, segundo Bastos, não têm em si grandes chances de contaminação, já que os vírus não sobrevivem em objetos – eles precisam de uma pessoa para sobreviver. O médico sugeriu que fosse disponibilizado álcool gel nos veículos, assim como é obrigatório em parte de estabelecimentos comerciais que prestam serviços diretamente à população, conforme determinação da Lei Estadual nº 13.706/2017. Lavar as mãos sempre que sair do ônibus ou metrô também é importante.

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