Consórcio produz novo dossiê para reverter veto da importação da Sputnik V, diz Rui

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O Consórcio Nordeste, que reúne 9 Estados brasileiros, está preparando um novo documento para tentar reverter o veto da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) à importação emergencial da Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou, em parceria com o RDIF (Fundo Russo de Investimento Direto). A coalizão de governos tem direito a 37 milhões de doses, quase 10 milhões delas ficarão com a Bahia.

O consórcio já havia remetido no último dia 29 de março à Anvisa um documento contendo 55 páginas com novas informações que ajudam a comprovar a “eficácia, qualidade e segurança da vacina”.

Durante entrevista à CNN Brasil na manhã desta terça-feira (4), o governador Rui Costa (PT), diz não compreender os motivos que levaram a reguladora a negar a importação. O petista afirmou que o processo foi motivado por uma “má vontade” do órgão, mas que, contudo, não “queria ser leviano” ao ponto de acusar o corpo técnico de “jogo político”.

“Estamos preparando relatórios de cientistas renomados brasileiros que sempre deram apoio ao Nordeste, com base em documentos que foram colocados à disposição da Anvisa, são muitos, mais de 20 mil páginas (…) Não quero ser leviano e fazer juízo de valor, mas, até hoje, sem querer ser chato, mas persistente, espero a explicação da Anvisa sobre o porquê entrar na Justiça para suspender a realização dos testes da Covid-19. O órgão, pelo renomado nome que tem, precisa dar uma explicação para o povo brasileiro e baiano. Talvez esteja acontecendo a mesma motivação, estou falando de uma ação judicial, não de achismo, a agência impediu os estados argumentando ser atribuição sua”, disse Rui.

Em março do ano passado, após a identificação dos primeiros casos do vírus no mundo, o governo da Bahia instalou barreiras sanitárias nos aeroportos do estado, mas foi impedida de continuar a realização de testes de Covid-19 em passageiros assim que a reguladora conseguiu na Justiça a competência para atuar e fiscalizar as áreas restritas dos desembarques. A medida foi bastante criticada pelo gestor baiano.

Informações: Bnews

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