Conflito no transporte alternativo de Feira de Santana; Motoristas de vans fazem paralisação e alegam cruzamento de linhas e disputa por passageiros

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Os problemas do transporte público em Feira de Santana, não se limitam apenas aos ónibus, e atingiu até os motoristas de vans do transporte alternativo que trabalham nas linhas do bairro Limoeiro e localidades de Onça, Doutor e Fulô. A crise está gerando conflito entre motoristas, devido ao cruzamento de linhas, que causa a disputa por passageiros.

Os motoristas das linhas do Limoeiro paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (10), alegando que o ponto da Avenida Sampaio, onde trabalham, também está sendo ocupado por motoristas das linhas de Onça, Doutor e Fulô, que acabam pegando passageiros do Limoeiro.

O motorista Rodolfo Teles, que dirige uma linha do Limoeiro, contou ao Acorda Cidade que a briga do cruzamento de linhas e da ocupação do ponto de ônibus já existe há algum tempo e são frequentes as discussões e desentendimentos entre trabalhadores que fazem as diferentes linhas.

“Quando fez a concessão, a secretaria disse que iríamos ter o ponto único para o Limoeiro, em frente à Mesa de Renda, na Avenida Sampaio. Na verdade, a gente está tendo uma linha cruzando com a outra. Sendo que os carros fazem o mesmo itinerário, o mesmo roteiro. Porém, se fazem o mesmo roteiro, é para pegar fila para sair um de cada vez tanto do Limoeiro como da Onça, Doutor e Fulô. O edital rege que os pontos são diferentes, as vans podem até se cruzar na mesma linha, porém, início e fim são em locais separados. O ponto da Onça, Doutor e Fulô é a Praça Carlos Bahia. Mas, ficamos todos aqui juntos, até ser resolvido isso. Já temos mais de um ano solicitando da prefeitura e até hoje a secretaria vem só com o parecer que vai resolver, e até agora não resolveu. Dá conflito porque ninguém quer ser prejudicado”, afirmou.

Rodolfo comentou também que as brigas entre os motoristas de vans acontecem todos os dias e que falta pouco para uma agressão física. Para ele, toda essa confusão é reflexo da crise do transporte público na cidade, do momento de pandemia e da redução no número de passageiros.

Lascemir Moreira Teixeira trabalha como motorista de uma van que faz linha para as localidades de Onça, Doutor e Fulô. Ele relatou que o ponto é o mesmo tanto para a linha que atua, como para a linha do Limoeiro e também das localidades de Bom Viver e Tanquinho. Sobre a alegação do motorista Rodolfo, de que o ponto da linha para Onça, Doutor e Fulô, é na Praça Carlos Bahia, ele acrescentou que essa informação está na licitação, porém o poder público determinou que ambas poderiam ficar juntas na Avenida Sampaio, por ser considerado um local estratégico.

“O passageiro tem a livre decisão por onde vai rodar e a linha, por contrato, a gente tem todo o direito para explorar o trecho. Eles estão explorando um trecho da linha da gente que não está no contrato deles e essa é a briga. Não querem rodar de acordo com o contrato que foi licitado, estão simplesmente invadindo um trecho que é de exclusividade da Onça, Doutor e Fulô. O que está existindo é a crise no transporte público e a pandemia causa a redução de passageiros. O pessoal do Limoeiro quer colocar a baixa demanda com a linha da Onça, Doutor e Fulô. Mas, os carros são todos monitorados por GPS. Se o poder público quiser fiscalizar vai ver que a gente está fazendo o nosso roteiro normal e existem outros carros que não estão rodando de acordo com o que foi licitado”, concluiu.

Informações: Acorda Cidade

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