Com ampliação do toque de recolher, Bares e Restaurantes cogitam demissões e fechamentos

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Os comerciantes de bares e restaurantes não receberam a notícia do reforço do toque de recolher com bons olhos. Para a categoria, à medida que entrou em vigor na segunda-feira (22) e irá pelo menos até domingo (28), pode gerar uma queda brusca na receita, trazendo demissões e fechamento de estabelecimentos permanentemente.

O governo estadual decidiu restringir ainda mais o horário de circulação das pessoas nas ruas depois de a Bahia registrar 80% de ocupação nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Para Cláudio Nobre, proprietário do Nobres Bar, localizado no Ville Gourmet, próximo ao Shopping Boulevard, a medida está gerando mais prejuízos do que melhorias. ”A receita gerada apenas pelo horário de almoço não é suficiente para suprir nossa estrutura, e o delivery corresponde apenas a 15% do faturamento, eu mesmo já terei que dispensar dois funcionários ainda esta semana por conta da queda no faturamento”, comenta Cláudio.

O comerciante conta que durante a pandemia alguns colegas de categoria precisaram fechar seus estabelecimentos, e agora com a medida do toque de recolher, a tendência é de mais casos de falência. Segundo o mesmo, “Vários amigos meus já estão pensando em fechar seus bares, fica difícil manter toda uma estrutura de aluguel, água, luz, funcionário, etc, com a receita tão reduzida como está, o horário noturno para nossa categoria é o de maior faturamento”.

Cláudio apontou que para ele o coronavírus não está se propagando por conta dos bares e restaurantes, e que a prefeitura e o governo do estado não se atentam ao que diz ser o foco principal, que são os coletivos. “Antes do decreto estávamos seguindo todas as medidas, distanciamento e uso de álcool gel, e nenhum funcionário ou cliente pegou o vírus, o que está disseminando o vírus são os coletivos lotados e as festas particulares”, alerta o comerciante.

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