Cirurgia de criança feirense com ‘ossos de vidro’ é marcada na BA e menina revela desejo para futuro: ‘vou correr demais’

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Uma criança de Feira de Santana, portadora da doença osteogêneses imperfeita, conhecida como ‘ossos de vidro’, conseguiu a marcação para uma cirurgia que pode reduzir os riscos de fraturas em até 90%.

Após o procedimento, marcado pata sábado (26), em Salvador, Patrícia Kelly, de 9 anos, pode sentir menos dores causadas pela doença rara, caracterizada pela fragilidade dos ossos.

Em julho de 2021, a família de Patrícia Kelly abriu uma arrecadação online para custear o procedimento, mas não conseguiu a quantia completa. A Defensoria Pública da Bahia, então, conseguiu que o governo do estado e o governo municipal de Feira de Santana arcassem com os custos da cirurgia, avaliada em cerca de R$ 500 mil.

Apesar do tempo de recuperação estimado em dois meses, a pequena Patrícia já têm planos para a nova vida após o procedimento.

“Eu vou correr demais, brincar muito com as outras crianças e fazer tudo que uma criança normal faz”, afirma.

INSS quer que família devolva R$ 73 mil  — Foto: TV Subaé

INSS quer que família devolva R$ 73 mil — Foto: TV Subaé

Os outros custos gerados pela cirurgia serão pagos pelo valor arrecadado na internet, cerca de R$ 10 mil. A família também utiliza as doações para manter o tratamento da pequena, visto que atualmente a única renda, de um salário mínimo, vem do emprego do pai da criança.

Até agosto de 2021, Patrícia Kelly recebia o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do INSS. A quantia de um salário mínimo auxiliava na compra de remédios e tratamentos, mas foi suspensa há seis meses.

Além disso, o INSS pede que a família devolva todo o valor que já foi pago entre março de 2016 e agosto do ano passado. No total, a quantia ultrapassa R$ 73 mil.

A mãe da criança, Jucélia de Jesus do Nascimento, afirma que irá recorrer da decisão. No dia 15 de março, ela levará até uma unidade do INSS os comprovantes que mostram os gastos do tratamento de Patrícia.

“A gente não tem condições de devolver esse valor a eles. Eles que precisam devolver para nós”, afirma.

Informações; G1

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