Cientistas afirmam: macarrão faz bem para a saúde

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Durante o World Pasta Day, congresso que reuniu a indústria mundial de macarrão no Brasil, quatro cientistas brasileiros e turcos assinaram uma Declaração de Consenso Científico sobre a Alimentação Saudável com Massas. Especialistas da França, Portugal, México, Argentina, Itália, Espanha, Rússia, Turquia e Estados Unidos, também já chancelaram o documento em edições anteriores do evento.

O macarrão é um dos alimentos mais apreciados. Sua crescente popularidade em culturas ao redor do mundo pode ser atribuída não só à sua deliciosa versatilidade, mas também às suas contribuições nutricionais, por ser um carboidrato complexo nutritivo que combinado com vegetais e proteínas é uma das opções de refeição mais práticas e saudáveis.

Formulada originalmente em 2004 pela Oldways, The International Pasta Organisation (IPO) e Associazione delle Industrie del Dolce e della Pasta italiane (AIDEPI), a declaração colaborativa reforçou os aspectos de saudabilidade das massa e abordou temas que incluem gluten-free, nutrição esportiva e sustentabilidade. Nestes 13 anos, o consenso já foi atualizado duas vezes: em 2010 e em 2015, com a assinatura de mais 20 cientistas.

“Cientistas de todo o mundo continuam a incentivar o macarrão nas refeições”, disse Sara Baer-Sinnott, presidente da Oldways. “As assinaturas dos mais renomados especialistas internacionais são uma adição importante ao nosso esforço contínuo para obter o reconhecimento mundial dos benefícios do macarrão para a saúde e o meio ambiente e o papel das massas nas cozinhas em todo o mundo” completou.

Além de Sara, que apresentou a Declaração de Consenso Científico, o nutrólogo, médico-pediatra e diretor do Núcleo de Dificuldades Alimentares do Instituto PENSI – do Hospital Infantil Sabará – Mauro Fisberg discutiu as questões econômicas, nutricionais e culturais associadas ao macarrão. “Com base no fato de que a maioria dos países da América Latina tem macarrão como alimento rotineiro, em diferentes preparações, é possível entender que a dieta mediterrânea espalhou sua presença no continente. A combinação de macarrão, legumes, peixe ou marisco e óleo é onipresente, mesmo em regiões distantes do litoral”.

Os novos signatários são: prof. dr. Dan Waitzberg, da Universidade de São Paulo; prof. dra. Elizabete Wenzel de Menezes, da Universidade de São Paulo; prof. dra. Glaucia Maria Pastore, da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo; e prof. dra. Nevin Sanlier, da Universidade de Biruni (Turquia).

“Um efeito positivo das massas é a baixa resposta glicêmica pós-ingestão, que é uma consequência da estrutura e do tipo de amido, aumentando a sensação de saciedade e melhorando a sensibilidade à insulina, regulando a microbiota intestinal. Além disso, a massa integral pode contribuir para o consumo diário de fibras alimentares”, ressaltou Elizabete Wenzel.

Algumas mensagens-chave foram destacadas pelos cientistas: macarrão fornece energia, mantém a saciedade por mais tempo, não engorda e, além de ser uma refeição saborosa, aproxima as pessoas.

Foto | Google

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