Caso Henry: MP conclui que Jairinho matou por sadismo e mãe via vantagem financeira

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As audiências de instrução e julgamento do caso Henry Borel, de 04 anos começam nesta quarta-feira (06) no 2º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro com a presença da mãe da criança, Monique Medeiros, e acompanhamento remoto, por vídeo, do padrasto do menino, prestes a completar sete meses do ocorrido.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, a estratégia será demonstrar um suposto “padrão de comportamento sádico” de Jairinho. A qualificadora do crime de Jairinho é o sadismo, a satisfação, o prazer em machucar Henry e outras crianças. Já o motivo da Monique é se beneficiar da vantagem financeira nessa situação”, disse Fabio Vieira, promotor do caso.

A previsão é de que sejam ouvidas hoje 11 testemunhas de acusação —dessas, ao menos cinco não haviam sido encontradas, até ontem, pelo Tribunal de Justiça para receberem a intimação.

Entre as não localizadas, estão a babá Thayná de Oliveira que presenciou agressões contra Henry e alertou a mãe; Ana Carolina Netto, ex de Jairinho que relatou agressões durante o casamento; duas médicas que atenderam Henry na madrugada de 8 de março, e o vice-presidente de operações e relacionamento da Qualicorp e conselheiro no Instituto D’Or de Gestão de Saúde, Pablo dos Santos Meneses, que recebeu pedidos insistentes de Jairinho para que o corpo fosse liberado para sepultamento sem passar pelo IML.

“Se não comparecerem, vamos tomar as medidas cabíveis, com aplicação de multa e eles serão ouvidos em outra audiência”, disse o promotor. A Rede D’Or informou que Pablo Meneses comparecerá à audiência. Nesta fase do processo, também serão ouvidas testemunhas de defesa e os réus, interrogados. Se o juiz entender que a denúncia foi comprovada, Jairinho e Monique vão a júri popular.

Presos desde abril, o ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, e a mãe de Henry são acusados de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. A expectativa é de que os acusados esclareçam perguntas ainda sem respostas.

Com base em laudos e depoimentos, a polícia e a promotoria dizem que Henry foi espancado até a morte por Jairinho no apartamento do ex-vereador na Barra da Tijuca, enquanto Monique tinha ciência do risco que o filho corria. A criança deu entrada sem vida no Hospital Barra D’Or. O casal não convenceu a polícia sobre as graves lesões.

Informações: Folha

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