Caminhoneiro que bloquear estrada pagará multa de R$ 5.746

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Com o objetivo de acabar com os protestos dos caminhoneiros, iniciados na segunda-feira, 9, em vários estados do país, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse na terça, 10, que vai ampliar a multa para quem interditar estradas e rodovias com a utilização de veículos.

O valor da infração, que é de R$ 1.915, passará a ser de R$ 5.746. Para os organizadores de obstruções, a punição será de R$ 19.154. A medida provisória que amplia a multa será publicada nesta quarta, 11, no Diário Oficial da União.

Na terça, as manifestações dos grevistas ocorreram em, pelo menos, 14 estados (BA, CE, ES, GO, MG, MS, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SP e TO).

Em Salvador, cerca de 20 caminhoneiros do Comando Nacional do Transporte (CNT) fizeram uma carreata na BR-324 e na Via Expressa, por volta das 17h. Os motoristas prometem fazer novo ato nesta quarta, por volta das 15h.

A manifestação durou cerca de quatro horas e causou lentidão no tráfego da BR-324. Mas, segundo a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), não houve engarrafamento de grande proporção.
Ainda assim, alguns motoristas se sentiram prejudicados. O contador Luciano Santana, 27, que ficou preso no congestionamento desde Simões Filho, temia se atrasar para o voo, marcado para as 18h. “Esses movimentos só atrapalham a vida do trabalhador”, queixou-se.

O protesto teve início por volta das 15 horas, na altura do Makro, na BR-324. O grupo partiu em direção a Simões Filho, retornou no CIA e seguiu para o porto de Salvador.

Com faixas, bandeiras e para-brisas pintados – com frases como ‘Fora PT’ e ‘Fora Dilma’ -, eles ocuparam a faixa da direita da via e fizeram um buzinaço durante todo o percurso.

A carreata foi acompanhada por inspetores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), pela Via Bahia e por policiais militares. Na segunda, o CNT já havia feito protestos em Capim Grosso, Barreiras e na BR-116, próximo a Feira de Santana. Em Capim Grosso, os caminhoneiros atearam fogo em pneus, bloqueando a BR-407 por 11 horas.

Em Barreiras, caminhões estacionaram no acostamento durante toda a tarde. Próximo a Feira de Santana, os manifestantes bloquearam a BR-116, mas o tráfego foi liberado pela PRF após uma hora de protesto.
Segundo Denilson Ferreira, um dos representantes do grupo, a principal reclamação é em relação ao aumento do diesel. “Esse é o nosso principal questionamento, porque nos traz prejuízo financeiro enorme. Mas também pedimos o impeachment da presidente Dilma Roussef, melhorias nas estradas e na logística de carga e descarga do porto”, disse.

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