Brasil tem alta de 16% na doação de órgãos, mas quase metade das famílias ainda recusa transplante

transplante

transplante

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, que o Brasil registrou recorde de doadores de órgãos, com 1.662 doadores no primeiro semestre — aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, segundo a pasta, a recusa das famílias em autorizar os transplantes ainda é alta (43%).

O órgão lançou a campanha “Família, quem você ama pode salvar vidas” para sensibilizar os parentes de pessoas com morte cerebral a doarem os órgãos. Atualmente, 26.507 pessoas aguardam por um rim; 11.413, por córnea; 1.904, por fígado; 389, por coração; 203, por pulmão; e 64, por pâncreas.

O ministério estima gastar R$ 966 milhões neste ano com transplante de órgãos. De todos os procedimentos realizados no país, 93% foram feitos pelo SUS. Parte deles só foi possibilitado pelas parcerias com a FAB e empresas de transporte aéreo (667 órgãos).

Números

Os transplantes de fígado, rim, córnea e medula óssea registraram recorde neste ano. Pulmão e pâncreas, porém, tiveram queda, de 21,8% e 40%, respectivamente.

Para melhorar os números de transplante de pâncreas, o governo federal anunciou que vai investir R$ 7 milhões ao ano.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, declarou que a parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB) possibilitou aumento de 6.000% nas cirurgias.

Durante a apresentação da campanha, um certificado foi entregue à atleta Liége Gautério. Ela passou por transplante de pulmão e ganhou três medalhas em atletismo nas Olimpíadas dos Transplantados.

| G1

OUTRAS NOTÍCIAS