‘Brancos é que têm que estudar’; Fátima Bernardes desabafa sobre racismo no BBB 21

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A apresentadora, Fátima Bernardes abriu o programa ‘Encontro’ comentando sobre o que aconteceu no jogo da discórdia no BBB 21. Na dinâmica, João Luiz desabafou sobre o comentário racista de Rodolffo sobre o seu cabelo.

De acordo com o Uol, na ocasião, a apresentadora comentou sobre a justificativa de Rodolffo para o comentário racista em que comparou o cabelo de João à peruca do desafio do monstro de “homem das cavernas”.

“É muito recorrente, né? A Camilla [de Lucas] já falou disso mais de uma vez, o João, a Lumena, várias pessoas falaram disso durante o jogo. Eles ficam cansados. ‘Ah, mas me explica’, ‘me diz quando eu tiver errado’. Só que, para várias outras coisas na nossa vida, a gente não fica pedindo para alguém explicar toda hora. A gente vai atrás, corre atrás de informação. É isso que falta, assumir uma postura de comando sobre o que a gente quer falar, dizer, saber. Se a gente não corre atrás de se informar, vai continuar fazendo tudo errado, esperando que a pessoa tenha a coragem e a disposição de dizer: ‘Olha, você está errado’. Não, somos nós que temos que correr atrás disso. A gente é que tem que estudar, ver o que está fazendo de errado e por quê. Os tempos mudaram”, disse a jornalista.

O programa contou a participação do repórter Manoel Soares, que disse que quando utilizava o cabelo no estilo “black power”, parecido com o de João, a pessoa “acaba vivendo dois tipos de racismo”.

“Um é o racismo recreativo, que é quando a pessoa tenta fazer piadas, fazer as pessoas rirem através do seu cabelo, através da sua estética. Foi isso que o Rodolffo tentou fazer, e isso já incorreu em um erro”.

O outro tipo de racismo citado por Manoel foi o racismo animalizante. “É quando você tenta tornar a pessoa menos humana. E isso acontece quando você chama de ‘macaco’, quando reduz a pessoa a essa condição. […] Eu acho de uma covardia sem limite quando utilizamos pessoas próximas a nós para advogar a favor da nossa fragilidade, do nosso equívoco, do nosso erro, quase do nosso crime”, finalizou o repórter.

Informações: IBahia

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