Bolsonarista Sara Winter afirma que não pretende fazer campanha em caso de disputa entre Bolsonaro e Lula

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Com um histórico de atos contra o Supremo Tribunal Federal, uso de tornozeleira eletrônica e prisão, a ativista de direita Sara Giromini, 29 anos, decidiu abandonar o codinome Sara Winter e se aposentar da militância de rua.

Casada com o norte-americano, Joseph Huff, Sara disse que não se envolverá na disputa eleitoral protagonizada por Lula (PT) e Bolsonaro (PL). “Sou católica e conservadora e desejo o melhor ao meu pais e ao povo brasileiro, que é quem sai perdendo diante disputas de poder. Não pretendo fazer campanha para ninguém”, conclui, em entrevista à Folha.

O motivo apontado por Sara para abandonar o Winter e se aposentar da militância seria a vontade de recomeçar. “Com ele [o codinome] tive muitos erros e acertos, mas definitivamente é hora de enterrá-lo e iniciar uma nova etapa em minha vida, honrando o nome do meu esposo”, afirmou.

Há 14 anos usando o nome fictício, Sara fez parte do movimento feminista ucraniano Femen, mas rompeu com o grupo e tornou-se uma ex-membro da causa. Engajou-se na luta contra o aborto e passou a ministrar palestras críticas ao feminismo.

Ao se aproximar do governo do presidente Jair Bolsonaro foi nomeada coordenadora nacional de políticas à maternidade do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, sob a gestão da então ministra Damares Alves, em 2019, mas deixou o cargo no mesmo ano.

Em 2020, Sara liderou o movimento 300 pelo Brasil, formado por bolsonaristas e suspeito de organizar e captar recursos para atos antidemocráticos e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional. Em manifestações, membros do grupo dispararam fogos de artifício contra a sede do STF, em Brasília.

Sara tornou-se alvo dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, foi presa e teve que usar tornozeleira eletrônica. “Tenho acompanhado as eleições de longe. Penso que as pessoas colocam muita fé na política partidária em ambos os lados. Acredito que o esforço que ambos os lados fazem para apoiar seus candidatos talvez fosse melhor empregado com ações de caridade em um nível local. Tenho a esperança de o Brasil mudará não por intermédio de um símbolo político, mas pela aquisição e desenvolvimento de virtudes de maneira individual e também nas famílias”, disse à Folha.

 

Fonte: bnews.com.br

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