Bahia tem 24 presos com teste positivo para coronavírus

IMAGEM_NOTICIA_0 - 2020-06-29T112028.909

Estado da Bahia tem uma população carcerária de 13.472 internos e, deste total, apenas 0,2% foi detectado com a Covid-19, o que corresponde a 24 presos testados positivos para o novo coronavírus. De acordo com o promotor Edmundo Reis, do Ministério Público da Bahia (MP-BA), em entrevista ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole, as medidas adotadas pelo órgão dentro do sistema carcerário têm sido eficazes.

“O que se fez nacionalmente e aqui [na Bahia] foi replicado é um plano de contingência em que você tem locais de isolamento para aqueles que são suspeitos e para os positivados. O que o sistema tem feito, e até com bom resultado, é uma barreira sanitária na entrada das unidades, antes da entrada de qualquer preso vindo de fora, e lá dentro você tem o que a gente chama de buscativo, quando são procurados os que apresentam sintomas da Covid-19”, explicou o promotor.

Ainda segundo ele, nos dois maiores presídios do estado, Mata Escura, em Salvador, e o de Feira de Santana, o que se tem feito é deslocar detentos com sintomas da doença para alas específicas. “A administração penitenciária destinou locais específicos para o isolamento dessas pessoas”, disse.

O promotor se mostrou, ainda, ser contrário à manutenção da custódia em delegacias, sendo este um ponto que o MP-BA permanece tentando encontrar uma solução junto à Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

“Se já no sistema prisional, em que você tem um posto de saúde para cada unidade, que foi acrescido em 20% de funcionários em meio à pandemia, já há um atendimento crônico e constante, imagine nas delegacias. As delegacias não estão preparadas para custódias. O preso tem de ser conduzido para as unidades do sistema prisional”, defendeu.

Outra preocupação de Edmundo Reis com as custódias em delegacias é quanto à circulação de pessoas nas unidades. “As delegacia são frequentadas também pela população que vai prestar queixa, buscando os serviços policiais. Por isso se torna mais vulnerável manter pessoas custodiadas nas delegacias. É isso o que ainda estamos discutindo com a SSP-BA”, concluiu.

OUTRAS NOTÍCIAS