A TARDE/Potencial Pesquisa: disputa em Feira de Santana aponta empate técnico no 1º turno

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A um mês da eleição, a disputa pela prefeitura de Feira de Santana caminha para um segundo turno entre o atual prefeito Colbert Martins (MDB) e o deputado federal Zé Neto (PT), aponta a segunda rodada da pesquisa A TARDE/Potencial Pesquisa no município.

 O parlamentar tem 30% das intenções de voto, enquanto o chefe do Executivo municipal aparece com 29%. Quem surge melhor posicionado na sequência é o ex-deputado estadual Carlos Geilson (Podemos), com 7%.

 Em seguida, estão o empresário Carlos Medeiros (Novo), a deputada federal Dayane Pimentel (PSL), Marcela Prest (PSOL) e o vereador Beto Tourinho (PSB), todos com 2%. O deputado estadual José de Arimateia (Republicanos) tem 1%. Rei Neilsinho (PRTB), cuja candidatura está indeferida pela Justiça Eleitoral, e Orlando Andrade (PCO) não pontuaram. Não sabem em quem votar 17% dos entrevistados. Intenções de voto em branco ou nulas somam 8%.

 Caso o cenário se confirme nas urnas em 15 de novembro, a cidade voltaria a ter segundo turno depois de 24 anos. A última vez que isso ocorreu em Feira foi em 1996, quando José Falcão e Josué Mello disputaram a preferência do eleitorado.

 Já na primeira rodada da pesquisa, realizada no início de setembro, havia empate técnico entre os dois candidatos que melhor pontuam, considerada a margem de erro de quatro pontos percentuais. Dessa vez, entretanto, Colbert reduziu a distância para Zé Neto, que era de sete pontos percentuais e passou a um ponto.

 Realizado entre os dias 8 e 13 de outubro, o levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº BA-09288/2020. Foram realizadas 600 entrevistas por telefone, por uma equipe treinada para este tipo de abordagem.

 Na pesquisa espontânea, quando não são informados os nomes dos postulantes, Zé Neto tem 25% e Colbert, 24%. Geilson aparece com 4%. Medeiros e Marcela foram citados, cada um, por 2% dos entrevistados. Dayane, Beto e Arimateia pontuaram com 1% neste cenário, cada. O ex-prefeito José Ronaldo (DEM), que teve 2% das menções na primeira rodada, desta vez não chegou a ter sequer 1%. Não souberam responder 33% dos entrevistados.

 Perfil do eleitorado

 Diretor da Potencial Pesquisa, o estatístico Zeca Martins chama a atenção para o melhor desempenho de Zé Neto no eleitorado feminino, já observado anteriormente. “Bem nítido que o eleitorado de um é feminino e o outro, masculino. Agora isso ficou mais evidente”, afirma.

 Entre as mulheres, o petista tem 33% das intenções de voto e o emedebista, 23%. Colbert, por sua vez, é o candidato de 35% dos homens, enquanto 27% preferem Zé Neto – o resultado os colocam em empate técnico no segmento no limite da margem de erro.

 Como as mulheres representam 55% do eleitorado feirense, uma vantagem nessa faixa pode ser crucial para decidir a eleição. Outro ponto destacado pelo diretor da Potencial é a indecisão de um quinto das mulheres (21%) sobre quem votar, enquanto somente 12% dos homens disseram não saber em quem votarão. “Se entre as indecisas for a mesma proporção que a gente tem, isso tende a favorecer ao Zé Neto”, acrescenta.

 Rejeição

Dono do segundo maior índice de rejeição (54%) na primeira rodada, Colbert conseguiu melhorar no quesito e agora aparece com a segunda rejeição mais baixa (45%), perdendo apenas para o seu rival direto, que tem 43% de rejeição. No levantamento anterior, Zé Neto tinha 39% de rejeição.

 O diretor da Potencial acredita que o início da propaganda eleitoral pode ser um dos fatores que contribuíram para diminuir a rejeição de Colbert, ao ajudá-lo a mostrar feitos da atual gestão, o que também teria influenciado em uma melhor avaliação da administração municipal, medida pelo mesmo levantamento.

 Colbert e Zé Neto continuam a ser os dois mais conhecidos – somente 2% dos entrevistados disseram que não os conheciam suficientemente bem para opinar. A rejeição mais alta, contudo, passou de Arimateia para Tourinho, já que 70% dos entrevistados afirmaram que não votariam de forma alguma no vereador do PSB para prefeito.

 A pesquisa também procurou medir o impacto da Covid-19 em um possível aumento da abstenção. Por isso, a pandemia foi mencionada na pergunta, ao contrário do que ocorreu na primeira rodada, quando se questionou ao entrevistado se ele iria ao local de votação caso o pleito ocorre àquela altura.

 “Foi intencional. Na cabeça do entrevistado, na primeira pergunta estava se falando do processo eleitoral. Agora, acrescentando a pandemia, a gente vê que aumenta [o índice dos que dizem que não vão votar]. Isso pode aumentar o índice de abstenção, por haver uma reflexão do eleitor”, afirma Martins.

 Na pesquisa de setembro, 74% dos entrevistados disseram que iriam ao local de votação caso a eleição ocorresse naquela época. Agora, 66% das pessoas ouvidas afirmaram que a pandemia não os impediria de sair de casa para votar.

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