“A prefeitura de Feira não quer acarajé na praça”, afirma Célia do Acarajé, mais uma prejudicada pelo projeto Novo Centro

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O projeto Novo Centro, criado pelo prefeito de Feira de Santana Colbert Martins, que objetiva favorecer a acessibilidade para pessoas que transitam pelo centro da cidade, ameaça a cultura local. Muitos ambulantes feirenses já perderam suas barracas e seu ponto de trabalho. E agora, uma tradicional baiana de acarajé que trabalha na Praça Bernardino Bahia há 18 anos enfrenta essa triste realidade.

“O meu sustento vem disso. Eu tenho meus clientes certos. Não tenho barraca fixa, eu chego às 15h e desmonto minha barraca às 18h30. Não tem motivo! O ‘Rapa’ foi me tirar, não retirou porque o pessoal não deixou. Eu quero entender o motivo. A prefeitura mandou eu procurar um ponto na Avenida Getúlio Vargas ou no Nordestino”, relatou Célia Santos mais conhecida por Célia do Acarajé.

De acordo com o Secretário Municipal de Planejamento de Feira de Santana, Carlos Brito, responsável pelas obras do Novo Centro, “qualquer comércio informal que esteja bloqueando a passagem das pessoas nos passeios, terão que ser recolocadas”.

Brito afirma, que não seria justo retirar alguns ambulantes e outros não, “o que vamos buscar é fazer uma relocação e adequação. Não existe, ela não tem 18 anos de comércio ali, eu passo por ali todo sábado. Naquele espaço ela não pode ficar. O lugar adequado é no Centro Comercial Popular, não tem outro local”.

Célia, tem buscado ajuda das Secretárias Municipais de Feira de Santana e da Associação Nacional de Baianas de Acarajé, Mingaus, Receptivos e Similares (ABAM), da qual faz parte, que relatou a desvalorização das baianas de acarajé por parte do poder público de Feira de Santana.

“Até o momento em Feira não tem nenhuma lei que regulamenta a atividade das baianas de acarajé na cidade. Nós esperamos que o secretário de Cultura, seja sensível e entenda. Eu acredito que eles devam repensar e até mesmo construir um quiosque para que ela permaneça na praça”, disse Rita Santos, presidente da ABAM.

Célia diz. “Não houve um mapeamento do local. Simplesmente mandaram eu sair, porque a prefeitura não quer acarajé na praça”.

Informações: Conectado News.

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