Dois prédios desabaram na Muzema, comunidade na Zona Oeste do Rio, na manhã desta sexta-feira (12). Ao menos três pessoas morreram e outras oito ficaram feridas. Bombeiros vasculham os escombros para tentar localizar outras vítimas. Parentes e moradores dizem que há desaparecidos.
Os imóveis tinham entre quatro e seis andares. A Prefeitura do Rio informou que as construções são irregulares e já haviam sido interditadas, mas uma liminar de 2018 impediu que fossem demolidas.
Resumo
- Dois prédios desabaram em área perto de mata em Muzema, comunidade na Zona Oeste do Rio; as causas ainda são investigadas
- 3 mortos: dois homens e uma criança
- 8 pessoas feridas
- Desaparecidos estão sendo procurados, mas não há balanço atualizado do número de pessoas
- A Prefeitura do Rio informou que construções são irregulares e já chegaram a ser interditadas, mas liminar impediu demolição
- A comunidade da Muzema é controlada por milicianos
- A região foi muito afetada pelo temporal do início desta semana
- Resgates emocionantes
Das oito pessoas resgatadas com vida, ao menos duas foram levadas de helicóptero ao hospital. Como a região é de difícil acesso, os bombeiros tiveram de fazer uma operação especial para tirar as vítimas sem pousar em nenhum lugar
O helicóptero ficou pouco mais de um minuto acima de um prédio, mas sem encostar na laje, que não suportaria o peso. Rapidamente, o ferido foi colocado dentro da aeronave.
As vítimas foram levadas aos hospitais municipais Lourenço Couto e Miguel Couto e para o hospital particular Unimed-Rio. Entre os resgatados dos escombros, está uma família que se mudou há uma semana para o local: um casal e uma filha de 10 anos.
Situação dos prédios
O desabamento aconteceu por volta das 7h desta sexta. Não chovia no momento, mas a região sofreu com os temporais desta semana. As avenidas de acesso ainda estão alagadas.
A área onde ocorreu o acidente foi isolada, e os bombeiros disseram que outros prédios da região podem ir abaixo. No início da manhã, havia um forte cheiro de gás nas imediações.
Segundo o repórter Genilson Araújo, há cerca de 60 prédios em construção na região, que é dominada por milícias.