SP, BA e RJ têm vacinação contra febre amarela

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Rio de Janeiro atingiu meta de 40,9% dos vacinados contra a febre amarela; São Paulo chegou a 52,4% da população-alvo e Bahia vacinou 55%. Esses dados estão “bem abaixo” da vacinação ideal para o controle da epidemia da doença em áreas que historicamente não tinham a circulação do vírus, mas que agora estão sob maior risco, diz o Ministério da Saúde. Segundo dados da literatura científica sobre o tema, é necessário vacinar 95% da população-alvo para se ter um maior controle sob o surto.

Os números são do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde e de nota de alerta da pasta sobre a baixa imunização contra a febre amarela. A pasta disse ainda que, nesses três estados, 10 milhões de pessoas ainda precisam ser vacinadas contra a doença. A meta de imunização é de 23,8 milhões nessas regiões. O Brasil tem 331 mortes por febre amarela desde julho de 2017 e 1.127 casos confirmados.

Os estados de Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo possuem uma circulação emergente do vírus e, por isso, foram alvos de campanhas de vacinação contra a doença esse ano. Embora a ideia do governo seja expandir a vacinação para todo o país e nesses três estados; a prioridade nesse momento são áreas de maior circulação do vírus.

Por esse motivo, os dados apresentados se referem às 77 cidades que fizeram parte da estratégia de fracionamento da dose da vacina (quando uma vacina “inteira” é dividida em cinco) e aos 52 municípios de São Paulo que posteriormente foram integrados à campanha. Quando o ministério fala de população-alvo, assim, a referência é aos residentes dessas regiões.

Segundo o infectologista e pediatra Renato Kfouri, o ideal para a febre amarela ainda é que 100% da população-alvo seja vacinada. “A febre amarela tem um perfil diferente de outras doenças. Não é como outras infecções que, se muitas pessoas estão vacinadas, você impede a circulação do vírus porque há uma imunização na maioria”, diz.

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