A tempestade que caiu no Rio de Janeiro noite desta segunda-feira (8) deixou ao menos sete mortos: um homem na Gávea, outro em Santa Cruz, duas irmãs no Leme e três pessoas em um táxi em Botafogo. A terça-feira segue com chuva.
Pancadas fortes atingiram a cidade ao longo da manhã e três pessoas seguiam desaparecidas – um homem que teria sido atingido por um deslizamento no Morro da Babilônia e uma avó e sua neta que saíam de um shopping em Botafogo em direção a Copacabana. Às 14h30, a polícia informou ter encontrado os corpos de um homem, uma idosa e uma criança – sem associar aos passageiros desaparecidos.
O município está em estágio de crise – o mais alto em uma escala de três – desde as 20h55. A recomendação é para evitar deslocamentos. A rede municipal e estadual de ensino e algumas unidades particulares não vão funcionar.
Quedas de barreira interditaram o Alto da Boa Vista e a Avenida Niemeyer – onde mais um trecho da ciclovia foi arrastado para o mar.
Estágio de crise
A cidade entrou em estágio de atenção às 18h35 de segunda. Às 20h55, passou para o estágio de crise — o mais grave de três níveis de risco, segundo o Alerta Rio, sistema da prefeitura.
Em quatro horas, choveu mais no Rio do que nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando seis pessoas morreram em consequência do temporal. A Defesa Civil informou que foram feitas mais de 1,7 mil ocorrências.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê mais chuvas fortes com trovoadas até as 10h desta terça. A prefeitura recomenda que a população somente se desloque “em caso de extrema necessidade”.
Devido aos estragos, que provocam dificuldade de deslocamento, além do risco de mais chuva, a prefeitura e o estado determinou o cancelamento das aulas nas escolas da rede.
Escolas particulares e universidades, como a PUC-Rio, também divulgaram que não terão aulas.
Recomendações
O estágio de crise é o terceiro nível em uma escala de três e significa “previsão de chuva forte, ocasionalmente muito forte nas próximas horas, podendo causar múltiplos alagamentos e deslizamentos, e transtornos generalizados em uma ou mais regiões da cidade”. Nesta situação as equipes emergenciais da Prefeitura já estão atuando.
A prefeitura recomenda que a população tome as seguintes ações preventivas:
- Os habitantes das áreas de risco devem se deslocar imediatamente para locais seguros
- Os moradores de áreas de encostas devem ficar atentos para indícios de ameaças de deslizamentos e estarem preparados para se deslocarem para locais seguros
- As pessoas que estiverem em locais seguros devem permanecer nestes locais até o cancelamento do alerta
- As vias urbanas que atravessam os maciços montanhosos da cidade e as áreas inundáveis devem ser evitadas
- Evite transitar em áreas alagadas e próximas a córregos, canais e rios sujeitos a transbordamentos
- Em casos de ventos fortes e/ou chuvas com descargas elétricas, evite ficar próximo a árvores, redes de distribuição de energia elétrica ou em áreas descampadas
- Se necessário, use os telefones de emergência 193 (Corpo de Bombeiros), 199 (Defesa Civil) ou 1746 (Central de Atendimento da Prefeitura)