Setor de serviços avança 0,1% em fevereiro, aponta IBGE

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O setor de serviços avançou 0,1% em fevereiro na comparação com janeiro. Em relação ao mesmo mês do ano passado, porém, recuou 2,2%, acumulando queda de 1,8% no ano. O acumulado dos últimos 12 meses também ficou em queda, de -2,4%. É o que aponta o levantamento divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O ligeiro avanço na passagem de janeiro para fevereiro vem após uma queda de 1,9%, a mais intensa desde março de 2017. Entre as atividades que compõem o setor, somente a de serviços profissionais, administrativos e complementares registou alta, de 1,7%.

As demais quatro atividades vieram em queda, sendo a de serviços prestados às famílias (-0,8%) a de maior impacto. As demais são serviços de informação e comunicação (-0,6%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%) e outros serviços (-0,7%).

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, os serviços prestados às famílias tiveram sua quinta taxa negativa consecutiva, puxado pelas atividades de restaurantes, lanchonetes e bares, que compõem 45% desse grupo de atividades.

“Os serviços de hotelaria, que representam 25% do grupo, apresentaram uma performance positiva nos últimos meses, mas não tiveram peso suficiente para compensar as quedas contínuas no setor de alimentação”, ponderou o pesquisador.

O outro impacto negativo relevante no setor de serviços em fevereiro foi o de Serviços de Informação e Comunicação, puxado pelas telecomunicações, que também apresentam quedas consecutivas. Segundo Lobo, este resultado negativo se explica pela crise enfrentada pelas grandes empresas do setor.

“Algumas estão em recuperação judicial e outras se fundiram com empresas de TV por assinatura e internet, tentando se manter no mercado. Isso tem refletido no grupo como um todo”, explicou.

Na comparação anual, a queda de 2,2% em relação a fevereiro de 2017 foi quarta consecutiva nesta base de comparação, mas a menos intensa desde 2015, quando o recuo havia sido de 3,9%. Três das cinco atividades tiveram resultados negativos nesta base de comparação, sendo a mais intensa observada na de serviços de informação e comunicação (-4,9%).

As altas, ainda na comparação com fevereiro do ano passado, foram nas atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%) e de outros serviços (1,5%).

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