Prisco fala em medo, depressão e liberdade

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O vereador Marco Prisco (PSDB) entra nesta segunda-feira (28\04) no 11° dia de prisão preventiva, que está sendo cumprida no presídio federal de segurança máxima da Papuda, em Brasília.

Em entrevista, o vereador e presidente da Aspra fala em medo, depressão e possível liberdade, ponto que está sendo buscado pela defesa com recurso que será apresentado hoje no Supremo Tribunal Federal (STF).

Prisco descreve a Papuda como um local de terror, garante estar bem fisicamente, mas teme pelo estado mental. “Não como, sinto fortes dores do estômago e tenho medo de que isso influencie no meu problema de coração, que é genético. Sinto-me deprimido. Estou com medo e tenho muito temor por minha vida”.

Sobre o dia da prisão, 18 de abril, quando foi abordado por policiais federais e preso a caminho de um resort na Costa do Sauípe, o vereador se mostra decepcionado e surpreso. “Triste e aterrorizante. Estava na frente de meus filhos e esposa. Eu fui tratado como criminoso, coisa que eu não sou”.

Já em relação a prisão, ele considera o ato arbitrário e explica: “Foi uma surpresa porque não há provas no processo. Ninguém ainda foi ouvido nele. Tudo baseado na Lei de Segurança Nacional, da época da ditadura, que já foi alvo de análise do Supremo, que declarou inconstitucionais diversos requisitos desta”.

Ele também garante que foi contra as greves promovidas por policiais militares em 2012 e 2014, mas atesta que quem tem o poder de decisão por deliberação do movimento não é ele, e sim da categoria. “A opinião da tropa é e sempre será soberana”.

Quando questionado sobre o papel do governador Jaques Wagner na greve da PM em 2001, quando à época não era chefe do executivo baiano, Prisco garante que “ele (Wagner) foi além de parceiro, deu total apoio, inclusive publicamente”.

Prisco agradeceu aos membros da Câmara de Salvador que decidiram pela não suspensão dos direitos dele de vereador e fez apelo aos policiais para que a tropa permaneça solicitando a sua soltura, sem paralisações ou protestos.

De acordo com o A Tarde, as perguntas foram impressas e entregues ao advogado da Aspra, Leonardo Mascarenhas, que foram entregues e respondidas por Prisco dentro do presídio da Papuda.

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