Pombos causam doenças infecciosas

Muitas_pombas

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Vivendo nas praças e nos edifícios, os pombos  são aves que costumam fazer seus ninhos em telhados, forros, caixas de ar condicionado, entre outros.

Símbolos da paz e frequentadores assíduos de áreas onde existem a grande circulação de pessoas, onde costumam serem sempre alimentados com migalhas de pão, as aves se tornam perigosas ao oferecerem riscos a saúde das pessoas.

Dificilmente os pombos  encontram predadores nos centro urbano das cidades, por isso, torna-se ainda mais complicado controlar o crescimento dessas aves.

De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses, o tempo de vida dos pombos em uma cidade é de 3 a 5 anos. Em condições de vida silvestre, eles podem viver até 15 anos.

Em Salvador, eles podem ser encontrados em locais onde o número de praças é grande. Bairros como o Centro Histórico, Campo Grande, Dois de Julho e Comércio, são conhecidos pelo grande número de pássaros que frequentam a região.

Mas existe também a possibilidade de um morador de outro local, se deparar com um criatório de pombos no telhado da sua casa. A contadora, Sandra Souza, viveu essa situação.

“Quando me mudei de apartamento, para casa, encontrei uma infestação de pombos. Minhas duas filhas eram pequenas e viviam correndo pela varanda, que por mais que fosse limpa, foi bem difícil de tratar. Tentei de tudo, coloquei tela, espantalhos, e nada. Até que um dia eles foram embora e não voltaram mais,” conta Souza.

De acordo com o Ministério da Saúde, a grande infestação das aves pode causar doenças, que em casos graves, podem deixar sequelas ou até levar a morte.

”Entre as doenças que os pombos podem causas estão a salmonelose, que é uma doença infecciosa provocada por bactérias. As pessoas podem se contaminar ao ingerirem um alimento contaminado com as fezes do animal.  Existe a criptococose. Uma doença provocada por fungos que vivem no solo, em frutas secas e cereais e nas árvores; e é encontrado isolado nos excrementos de aves, principalmente dos pombos. A histoplasmose, é encontrada nas fezes dos pombos e dos morcegos e a contaminação ocorre pela inalação. A ornitose é doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pelo contato com aves portadoras da bactéria ou com seus dejetos. E por fim, a meningite, umas das mais graves, que é a  inflamação das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal,” informa o órgão.

De acordo a Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) o número de óbitos relacionados a todas as meningites sofreu uma redução de 39,1% no número total de casos, em todo o estado, mas ainda é preocupante.

Até o momento foram confirmados 330 casos de meningites de todos os tipos, com 23 óbitos.  No mesmo período de 2013, foram confirmados 542 casos com 46 mortes.

De acordo com o Ministério da Saúde, medidas de controle podem evitar a infecção pelas doenças. Entre elas estão:

— retirar ninhos e ovos;

— umedecer as fezes dos pombos com desinfetante antes de varrê-las;

— utilizar luvas e máscara ou pano úmido para cobrir o nariz e a boca ao fazer a limpeza do local onde estão as fezes;

— vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros;

— colocar telas em varandas, janelas e caixas de ar condicionado;

— não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos, como ração de cães e gatos;

— utilizar grampos embeirais para evitar que os pombos pousem;

— acondicionar corretamente o lixo em recipientes fechados;

— nunca alimentar os pombos.

É importante lembrar que usar armas de fogo, envenenamento ou capturar os animais são medidas proibidas. Quem tiver com problemas com pombos, pode também entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses de Salvador, através do Disk Saúde, 160.

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