Músicos acusam Negra Cor de calote; Adelmo Casé admite dívida e promete honrá-la

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Músicos que fizeram parte da Banda Negra Cor durante o Carnaval deste ano entraram em contato com a reportagem do Bocão News, na tarde desta segunda-feira (21/04), para denunciar o não pagamento dos cachês dos integrantes do grupo. Além de acusar os proprietários de calote, ainda reclamaram que, enquanto a equipe está sem receber e passando dificuldade, o vocalista Adelmo Casé teria comprado dois carros e o seu sócio, Rogério Guerreiro, um terreno na Linha Verde.

De acordo com os integrantes da banda, além de alguns cachês de shows antigos, a segunda metade do total do pagamento do Carnaval não foi paga. Cada músico ficou de receber R$ 500 por cada dia de trabalho na festa momesca.

A revolta dos integrantes da banda com os proprietários chegou a um estágio que, segundo os músicos, toda a equipe resolveu parar. No show em homenagem ao aniversário de 50 anos de Villas do Atlântico, Adelmo Casé teve que contratar uma banda completa e teve que ajudar fazer voz e violão.
A banda hoje é composta por 18 pessoas. Deste total, apenas três decidiram não voltar para a Negra Cor.

“Não é a primeira vez que Adelmo Casé e Rogério Guerreiro fazem isso. Chegou um momento em que todos se revoltaram e decidiram parar. Os que voltaram, foi por causa da necessidade. Porque não têm opção e fizeram os seus compromissos. Enquanto tem gente na banda passando dificuldade, com mandado de busca e apreensão de automóvel comprado, Adelmo compra dois carros e Rogério um terreno na linha verde. Só o condomínio que Adelmo Casé mora custa R$ 2 mil reais por mês. Estamos passando por muitas dificuldades”, declarou a esposa de um dos integrantes da banda, que preferiu não se prejudicar.

Devo, não nego! Pago…

A dívida com os músicos não foi negada nem por Adelmo Casé nem pelo empresário Rogério Guerreiro. Os proprietários da banda alegaram que não receberam o pagamento de shows que fizeram e que, por isso, não teve como fazer o repasse para a banda. Adelmo Casé preferiu não dá nenhuma previsão, já que ”o pagamento não depende da vontade dos empresários”.
“Passamos por dificuldades, mas sempre honramos os nossos compromissos. A Banda Negra Cor nunca deixou de pagar um só funcionário. Atrasos acontecem, é verdade, mas muito não depende de nossos esforços. Nesses oito anos de Negra Cor, nunca tivemos problemas com músicos ou algum processo trabalhista. Muitos dos que saíram da banda voltaram pedindo desculpas. No mercado, tem muito essa coisa de mau-caratismo , mas eu e Rogério Guerreiro temos credibilidade porque sempre fizemos as coisas de maneira correta”, declarou Adelmo Casé.
Já Guerreiro estipulou o prazo para quitar a dívida. De acordo com o empresário, nesta terça-feira (22), metade do pagamento será feito e até o final da semana, tudo estará acertado. “Estamos cobrando. Tudo está se resolvendo. Até quinta-feira, o problema será resolvido”, garantiu.

Carros, terreno…

Os proprietários da banda também minimizaram os relatos de aquisição de bens enquanto os funcionários passam dificuldades.
“Moro em um apartamento alugado e meu caso é financiado. Tinha um carro velho e agora meu carro é um pouco menos antigo. Não vivo no luxo, muito pelo contrário. Você não sabe como me incomoda dever as pessoas, mas, como sempre fizemos, iremos cumprir todos os nossos compromissos”, afirmou Adelmo Casé.
A compra do terreno na Linha Verde foi negada por Rogério. “Nunca tive. Não adquiri terreno nenhum. Só é puxar e ver se tem algum terreno em meu nome. As pessoas falam o que querem, muitas vezes, sem ter nenhuma responsabilidade. Sempre morei em Buraquinho, Não negamos que existe atraso, mas isso acontece. O mercado está muito difícil”, justificou Guerreiro.

Nota originalmente postada às 17h do dia 21, com informações do Bocão News

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