Mobilização contra as hepatites virais no dia 28

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Alicates e tesouras utilizados por manicures e podólogos sem a devida esterilização, assim como a colocação de piercing e a realização de tatuagens sem a higienização correta dos materiais podem se transformar em importantes mecanismos para a transmissão da hepatite.

A doença que acomete o fígado e se manifesta conforme o tipo do vírus, afeta ambos os sexos e não escolhe idade, será lembrada no Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, 28 de julho.

Em Feira de Santana, o Programa Municipal de DST/HIV aids e Hepatites Virais vai promover uma mobilização em frente ao Paço Municipal Maria Quitéria, na Avenida Getúlio Vargas, a partir das 9h. O tema será “Hepatites, proteja-se, informe-se”.

As atividades serão voltadas para a prevenção da doença com a realização de Teste Rápido para Hepatite B e C, aconselhamento, distribuição de preservativos, vacinação contra hepatite B, difteria e tétano, além de aferição da pressão, distribuição de preservativos e kits de manicure (palito de unha, lixa e algodão) e lâminas de barbear.

As hepatites virais podem ser classificadas em fecal-oral (vírus A e E), que está relacionada a condições de saneamento básico, higiene pessoal e dos alimentos, e em sanguínea. Neste caso, é classificada em Hepatite B, C e D.

A transmissão ocorre através do sexo desprotegido, da mãe para o filho durante a gravidez e no parto, bem como na amamentação, e ao compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates ou outros objetos cortantes sem a devida esterilização.

A coordenadora do programa, Elizabete Lopes, afirma que a melhor forma de prevenir a doença é com o uso de preservativo, não compartilhar materiais cortantes de uso pessoal e tomando a vacina. “Já a hepatite A e E se previne adotando hábitos de higiene. A do tipo C está mais ligada ao contato com o sangue de uma pessoa portadora do vírus. Esta é mais difícil em ser transmitida pelo sexo, no entanto, pode ocorrer”.

As hepatites virais por serem uma doença silenciosa, o seu diagnostico, geralmente, é tardio, o que dificulta o tratamento. “Alguns sintomas também podem ser confundidos com outras doenças. Por isso, recomenda-se a realização de exames laboratoriais periodicamente”, diz.

“Se a doença não for detectada em sua fase inicial, poderá evoluir, tornando-se crônica e causando danos mais graves ao fígado, como a cirrose e o câncer”, esclarece Elizabete. Ela também aconselha as gestantes a realizarem o Pré-Natal, uma vez que, se for detectada a doença, o recém-nascido deverá tomar imunoglobulina humana nas primeiras 12h de vida. “Somente depois deste período poderá ser amamentado”.

Somente no Programa Municipal, entre 2009 e 2013, foram confirmados 486 novos casos da doença. Destes, 240 são do vírus B (49,4%), 196 do vírus C(40,4%) 35 casos do vírus B em gestantes (7,2%) e 15 casos (3,0%) para o vírus A.

Atualmente, 154 pacientes estão em tratamento para hepatites B e C, destes 100 são portadores do vírus B e 54 do vírus C. Na unidade são acompanhados por uma equipe multiprofissional composta de hepatologista, enfermeiro, assistente social, nutricionista, psicólogo e farmacêutico e recebem medicamentos. Todo o atendimento é gratuito.

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