Ministro da Fazenda Guido Mantega nega recessão

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A economia brasileira recuou 0,6% no segundo trimestre deste ano devido a uma combinação de cenário internacional desfavorável, falta de chuva e menor número de dias úteis, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega nesta sexta-feira (29), em São Paulo.

Com a revisão dos dados do primeiro trimestre, que também ocorreu nesta sexta e aponta para queda de 0,2%, o Brasil entrou no que se chama de “recessão técnica”, com dois trimestres seguidos de queda. Mas o ministro diz que não se deve falar em recessão, que é uma “parada prolongada, como nos países europeus, que ficaram vários trimestres consecutivos com o PIB parado”, argumentou. “Aqui (no Brasil) estamos falando de dois trimestres e sabemos que a economia está em movimento. Recessão é quando tem desemprego aumentando e a renda caindo. Aqui temos o contrário”.

Mantega admitiu, no entanto, que não será possível fechar 2014 com a economia crescendo 1,8%, que era a previsão mais recente do governo. “Teremos que revisar para baixo a expectativa no relatório (de receitas e despesas do Ministério do Planejamento) de setembro”, disse.

Expectativa para o 3º trimestre

Ao comentar sobre a recessão técnica, o ministro apontou que “alguns parâmetros aceitos mundialmente” dizem que dois trimestres consecutivos de queda configuram recessão. Mas defendeu que uma alta do PIB no terceiro trimestre pode mudar o cenário.

“O primeiro trimestre influencia o segundo. Se tivermos um terceiro em alta, pode ser que os números sejam revisados e tenhamos apenas um trimestre de queda”, argumentou Mantega.

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