‘Me sinto casado’, diz companheiro de PM enterrada

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“Estou tentando me refazer, me unir com a família. Na verdade estou acabado”. Esta foi a declaração de Paulo Henrique Sampaio, de 31 anos, noivo de Geise Lima Santana, que morreu após ser atropelada no último dia 7 de agosto, na BA-052, na região entre os municípios de Tapiramutá e Morro do Chapéu, norte da Bahia. O casal de policiais militares iria se casar no dia 12 de setembro. A jovem foi enterrada com o vestido de noiva, véu e a aliança que usaria no dia do casamento. “Me sinto plenamente casado com ela. Sou esposo dela”, emociona-se o PM.

Em entrevista na tarde desta segunda-feira (15), Paulo Henrique contou que conheceu Geise no curso de formação da polícia em Feira de Santana, no ano de 2008. Juntos há seis anos, eles moravam em Piritiba e iriam oficializar a união neste mês de setembro. Segundo ele, a decisão de enterrar a futura esposa com o vestido de noiva foi em comum acordo com a família da vítima. “Agora seria só formalidade. Inclusive estou com minha aliança na mão esquerda. Na verdade eu me sinto casado com ela”, conta.

O PM, que ainda não prestou depoimento na delegacia de Jacobina, preferiu não comentar a respeito das circunstâncias do acidente para não atrapalhar as investigações. Ao ser perguntado sobre qual o sentimento em relação ao condutor responsável pelo atropelamento da companheira, Paulo Henrique afirma que espera que a justiça seja feita. “Eu não tenho espaço para sentir nada. Apenas sinto saudade e angústia”, revelou emocionado.

O motorista suspeito de provocar o acidente já responde a processo por estupro de vulnerável desde o início de 2014. De acordo com Fábio Santos, delegado de Jacobina, cidade no norte da Bahia, ele também tem envolvimento em um acidente de trânsito com vítima fatal em 2012. Na ocasião, o suspeito foi vítima. Ele se apresentou à polícia na última quinta-feira (11).

Paulo Henrique, que não se feriu no acidente, está afastado das atividades desde o ocorrido. Ele conta que está sendo acompanhado pelo Serviço de Valorização Profissional (SEVAP), que oferece assistência psicológia a policiais militares. O PM informou que deve prestar depoimento até terça-feira (16).

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