Ele anunciou que encaminhará uma moção de apoio ao MP. O documento está previsto para ser votado amanhã no plenário da Câmara Municipal. Segundo Justiniano, a PEC 37 representa uma ameaça para toda a sociedade brasileira, por isso o objetivo da moção é sensibilizar todos os deputados federais diante dos impactos que a proposta acarretará, em caso de aprovação.
A moção requer que seja dado conhecimento a todos os deputados federais e ao Ministério Público do Estado da Bahia, na pessoa do procurador geral de Justiça, Wellignton César Lima e Silva.
Justiniano disse que ficou surpreso com a assinatura de alguns deputados para a aprovação da PEC 37, como por exemplo, os deputados petistas Sérgio Carneiro e o ex-líder do governo, Cândido Vaccarezza. O democrata suspeita que o governo do PT seja favorável a PEC 37. “Porque, na época, o líder do governo assinou e liderança de governo não assina projetos assim de qualquer forma”, disse.
Em aparte, o vereador José Carneiro (PSL) salientou o deputado José Nunes (PSD), “que foi bem votado em Feira de Santana”, também assinou a referida PEC. Em seguida, ele disse que não tem visto as entidades estudantis do país se manifestar. Lembrou que, geralmente, em situações como essa, os estudantes brasileiros levantavam a voz e iam para as ruas defender as questões de interesse público.
“Será que o movimento estudantil do país deixou de existir? Será que as entidades que se dizem representativas dos estudantes acabaram? É preciso entender que não basta apenas esse movimento contra a aprovação da PEC 37 ser comandado pelo Ministério Público; é preciso que as entidades organizadas também se unam”, disse ele.
Na oportunidade, o vereador Welligton Andrade (PMN) ressaltou que todos os edis têm uma ligação com algum político no Congresso Nacional, em vista disso, ele sugere que cada vereador manifeste sua opinião a respeito da PEC 37 ao deputado federal que apóia.
“É preciso que eles entendam que nos representando, precisam também coadunar com a nossa opinião”. O vereador também destacou a imprensa como algo importante nesse processo contra a PEC 37. “Faz-se necessário que ela se pronuncie mais intensamente sobre o assunto”. Welligton ainda salientou que “se há avanços neste país em termo de moralidade, é graças ao trabalho do Ministério Público”.
Novamente com o uso da palavra, Justiniano disse que tem informações de que, caso a PEC 37 fosse votada por esses dias, ela seria aprovada. Na sequência, ele relatou que a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que costumava se manifestar diante de temas nacionais importantes, também não se pronunciou sobre a questão. Salientou que a ABI sempre foi respeitada no Brasil.
De acordo com o vereador, a imprensa não tem se manifestado a nível nacional, há muito tempo, salvo apenas cumprindo o seu papel localizado nas cidades e nos estados. “Eu entendo que há uma necessidade de resgatar essas ações para que possamos na linha da moralidade não permitir que uma PEC dessa seja aprovada”, pontuou.
