Garotinho alegou que “as provas enviadas pela Justiça do Rio ao TSE são equivocadas”

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Anthony Garotinho, cuja candidatura ao governo do Estado do Rio pelo PRP foi rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na manhã desta quinta-feira (27), afirmou que a decisão foi motivada pelo seu desempenho nas pesquisas eleitorais recentes.

O ex-governador acrescentou que segue, ainda nesta quinta, para Brasília a fim de procurar entrar com recursos que garantam a continuidade da sua campanha.

“Se eu tinha a mínima dúvida que pudesse restar de que a minha candidatura é uma pedra no sapato do esquema de corrupção do Rio, agora não resta mais. Se eu tinha a mínima dúvida de que tinha gente do Judiciário do Rio no esquema do Sérgio Cabral, agora eu não tenho a menor dúvida, agora eu tenho certeza. O TSE julgou como foi mandado para lá. As provas foram constituídas aqui no Rio de Janeiro”, afirmou Garotinho.

Na decisão do TSE, todos os sete membros da Corte votaram por negar recurso da defesa contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que já havia barrado a candidatura com base na Lei da Ficha Limpa.

Ainda segundo ele, a decisão teria sido motivada pelo seu bom desempenho nas pesquisas eleitorais. “Tirar um candidato que está subindo nas pesquisas rumo a vitória a dez dias da eleição é covardia. Fizeram esse julgamento hoje para não deixarem eu participar do debate que vai ter. Sendo que tem outras pessoas que estão na minha frente concorrendo com liminar. Fizeram esse julgamento às pressas porque eu subi nas pesquisas”, disse Garotinho.

Em tese, Garotinho ainda poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas a decisão do TSE terá efeito imediato, impedindo o ex-governador de fazer campanha e veicular propaganda no rádio e na TV.

“Essa tese é covarde. ‘Enriquecimento ilícito de terceiros’, mas não tem terceiros. Ou melhor, ‘enriquecimento futuro’, alguém poderá se enriquecer no futuro”, completou Garotinho, alegando que está sendo alvo de violência. “Eles podem tentar tirar tudo de mim. Podem tirar sua casa, seu carro e até a sua roupa. A única coisa que não podem tirar é a sua fé. Eu tenho muita fé, nós vamos reverter isso. O que está ocorrendo contra mim é uma violência”, afirmou.

Garotinho também alegou que as provas enviadas pela Justiça do Rio ao TSE são equivocadas. “Quem tem a verdade não teme. O TSE tomou uma decisão equivocada por informações equivocadas, falsas, sem provas que foram enviadas pelo Tribunal de Justiça do Rio. Foi uma covardia, a começar pela promotora que atuou no caso, que teve total parcialidade. Só deixam esses casos para julgar em cima da eleição. Um caso é de 2005 e outro de 2003. A gente vai resistir, e Deus é maior”.

Na sessão do TSE, a ministra Rosa Weber votou a favor de Garotinho manter a campanha enquanto ainda houver possibilidade de recurso, mas foi vencida pelos outros seis ministros.

Os ministros também decidiram que a coligação de Garotinho não precisará devolver os recursos públicos já usados na campanha. No entanto, não poderá mais usar a verba para promover a candidatura.

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