Estudo diz que só ser obeso não aumenta risco de morte

2012-09-18t152750z_1526799103_gm1e67f1mk601_rtrmadp_3_health-obesity-us

2012-09-18t152750z_1526799103_gm1e67f1mk601_rtrmadp_3_health-obesity-us

Pacientes obesos que não apresentam hipertensão, diabetes, colesterol alto e outras doenças metabólicas não estão com risco aumentado de morte, sugere estudo publicado na “Clinical Obesity” na quinta-feira (12). Pesquisadores analisaram dados de 54 mil pessoas de outros cinco estudos diferentes sobre o tema.

O estudo, no entanto, contraria achados prévios que sugeriram que a obesidade sozinha está independentemente associada com maior risco de morte: em 2010, o periódico “Circulation” associou maior IMC (Índice de Massa Corporal) a problemas cardiovasculares. E, em 2015, o “European Heart Journal” associou obesidade a risco aumentado de diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares.

O imbróglio entre a pesquisa atual e as anteriores está em considerar que obesos, mesmo os “saudáveis”, vão desenvolver algum tipo de condição metabólica no futuro. Muitas pesquisas consideram que obesos necessariamente vão desenvolver essas condições e, por isso, eles estariam em risco aumentado de morte.

Já o estudo da “Clinical Obesity”, no entanto, viu que 1 em 20 indivíduos obesos não possuem doenças associadas à obesidade.

A pesquisa que discute as anteriores foi publicada por pesquisadores da Universidade de York, no Reino Unido. Jennifer Kuk, professora da instituição, acredita que o estudo pode mudar a forma como se pensa a obesidade e a saúde.

No grupo de 54.089 homens e mulheres analisados, pesquisadores observaram quantas pessoas morreram ao longo do tempo. Indivíduos foram divididos em dois grupos: um com apenas obesidade e outro com outra disfunção associada.

No total, em torno de 5.000 mortes aconteceram. Eles demonstraram que uma pessoa sem condição metabólica associada tem a mesma chance de morrer que uma pessoa magra saudável.

OUTRAS NOTÍCIAS