Entenda:Vasco repudia gritos homofóbicos de parte da torcida

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A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) cobrou explicações do Vasco, nesta segunda-feira (26), sobre a postura adotada diante dos cantos homofóbicos da sua torcida no São Januário, durante o jogo contra o São Paulo. O Cruz-Maltino tem até três dias para se manifestar.

O procedimento serve para a procuradoria avaliar se oferecerá a denúncia ou não em relação do caso. Caso o Vasco seja punido, poderá perder até três pontos. A equipe carioca venceu o São Paulo por 2 a 0, naquela ocasião, em partida válida pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O árbitro Anderson Daronco paralisou a partida assim que os gritos foram entoados vindos do espaço reservado à torcida vascaína. O técnico do time carioca, Vanderlei Luxemburgo, e o lateral Yago Pikachu pediram às arquibancadas que parassem com a ação  O juiz relatou o ocorrido na súmula do jogo. Em nota, o Vasco repudiou a atitude dos torcedores.

Leia a nota do Vasco:

“Em relação ao episódio registrado na partida deste domingo (25/08) contra o São Paulo, o Club de Regatas Vasco da Gama lamenta e repudia qualquer canto ou manifestação de caráter homofóbico por parte de alguns de seus torcedores. Da mesma forma, a Diretoria Administrativa do Clube manifesta seu pedido de desculpas a todos que, corretamente, se sentiram ofendidos por este comportamento.

O combate a este tipo de postura – iniciado ainda em campo, quando o técnico Vanderlei Luxemburgo, os jogadores, parte da torcida e o próprio Vasco da Gama, através do sistema de som do estádio, clamaram para que os gritos cessassem – não deve ser motivado pelo receio de punição desportiva (perda de pontos), mas, sim, por uma questão de cidadania e respeito ao próximo e cumprimento da lei. Preconceito é crime. E se existe um Clube no Brasil historicamente habituado a levantar a voz contra qualquer tipo de discriminação este é o Vasco da Gama, dono da história mais bonita do futebol. Assim foi com a resposta histórica de 1924; assim é com os cantos que o torcedor vascaíno entoa orgulhosamente na arquibancada enaltecendo a luta do Clube a favor de negros e operários.

A plateia de um estádio de futebol e a sociedade de maneira geral passam por um processo de aprendizado e conscientização necessário para que atos de preconceito fiquem no passado – um triste passado, diga-se. A Diretoria Administrativa do Club de Regatas Vasco da Gama compromete-se em promover ações educativas neste sentido junto ao seu torcedor, certa de que encontrará em cada vascaíno um aliado no combate a qualquer tipo de discriminação. O Vasco é a casa de todos.”

Fonte: Bahia Noticias 

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