Eliana Calmon descarta ser governadora mas revela que pode concorrer ao Senado

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Um nome de peso para o Legislativo brasileiro e reverenciado pelos cidadãos, em especial os baianos, a ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, mudou o discurso quando o tema é política. Antigamente ela praticamente batia a porta para os interlocutores partidários que a convidavam para ser candidata, mas hoje garante que “está conversando” sobre a possibilidade. Em entrevista à rádio Bandnews FM, nesta segunda-feira (9), a ex-corregedora nacional de Justiça revelou que há chance de concorrer nas eleições de 2014.

A magistrada definiu uma possível carreira no Legislativo como uma espécie de “desafio”. “Não admitia nem conversar sobre isso […] Mas, foram tantos os apelos e sempre no sentido de dizer que nós [juízes] somos sempre críticos com o Poder Legislativo, mas o que fazemos para melhorar?. Na hora que chega a oportunidade dizemos o seguinte: ‘Não, não quero porque aquilo [política] está podre. Não quero me misturar porque não adianta’. Eu sou uma mulher de desafios […] Hoje eu comecei a conversar com as pessoas, porque eu não queria nem conversar. Chegavam à minha sala e eu dizia: ‘É este assunto? Não, eu não converso’. Agora, eu estou conversando, vendo as possibilidades”, confidenciou a juíza. A ministra baiana também revelou qual o teor dos convites, motivados principalmente pela ausência de bons candidatos. “A maior falta é para os cargos de governador.

Eu descarto totalmente o cargo de governador”, resumiu a magistrada, que também assegurou ter recebido propostas para concorrer ao Senado, principalmente pela ausência de bons quadros nas legendas. “O que eles dizem é que em Brasília falta nome. Mas, aqui, o que dizem é que também falta nome. Mas, eu estou achando que aqui está sobrando nome, porque já têm políticos com experiência e que não abrem mão disso [concorrer]”, brincou Calmon.

Para quem gostaria de ver a ministra como candidata à sucessão do governador Jaques Wagner (PT), a própria Eliana Calmon adiantou outro motivo para não concorrer ao Palácio de Ondina. “A Bahia é um estado complicado, com um grande desequilíbrio sócio-econômico e eu não conheço bem. […] Eu não vou partir para um governo sem ter um planejamento. Não faço! Para ter um plano de governo eu não posso ficar na mão dos outros.

Eu tenho que conhecer a situação político-social do meu estado. Eu não conheço com profundidade. Conheço como eleitora, como curiosa, como cidadã brasileira, mas não como política”, explicou. O prazo para a ministra se decidir termina no dia 5 de outubro, data limite para que ela se filie a um partido político e bata o martelo se continua com o título eleitoral na Bahia, troca para Brasília e concorre pela capital federal ou espera 2014 e aproveita a aposentadoria como magistrada na terra que confidenciou ser um refúgio quando está “cansada, aborrecida ou magoada”. 

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