Dia da Poesia comemorado no “A Sopa de Maria”

A Sopa de Maria_Tomaz Neto

A Sopa de Maria_Tomaz Neto

A edição do A Sopa de Maria com tema Literatura lotou a área externa do Palacete das Artes, na noite desta terça. O público foi conferir a fala dos escritores convidados – Claudius Portugal, Douglas de Almeida, Edson Migracielo e Mabel Velloso -, e também celebrar a data de nascimento de Castro Alves. “Apesar de o Dia Nacional da Poesia não ser mais oficialmente o 14 de Março, a data ainda é celebrada como Dia da Poesia, na Bahia”, considerou Fernanda Tourinho, diretora da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).

Mabel Velloso foi a primeira a falar. A santamarense, autora de livros, educadora e cordelista considerou a ideia da sopa muito boa, brincou com as palavras sabor e saber e lembrou que, nos anos 1960, quando a atriz Maria Moniz servia sopa para jovens, em sua casa, ela já era mais velha do que a geração de seus irmão, Caetano e Maria Bethânia, freqüentadores dos encontros. “Mas a vida é tão engraçada e Deus gosta tanto de mim que fez esse grupo fazer a sopa e eu vim aqui neste encontro, que, como foi citado, fala sobre a régua e compasso da Tropicália, da música de Gilberto Gil. Eu vou plagiar meu irmão Caetano e dizer: alegria, alegria”.

Depois de Mabel resgatar lembranças familiares e de enaltecer Castro Alves, falaram o poeta, dramaturgo e editor Claudius Portugal; o escritor, editor e poeta Douglas Almeida e o jornalista e mestre em literatura Edson Migracielo, levantando questões a respeito de Castro Alves, Gregório de Matos, Smetak, os poetas “sem lenço nem documento”, Caetano, Gil, Torquato e outros temas. A noite contou com declamação de textos de Castro Alves e de Capinan.

Sobre o projeto – A ação A Sopa de Maria integra o integra o projeto Tropicália: Régua e Compasso, realizado pela Fundação Cultural do Estado (Funceb), em parceria com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) e com a Fundação Pedro Calmon (FPC), entidades vinculadas à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA). No encerramento foi servida uma sopa preparada pelo chef João Miguel Colin, com abóbora e queijo coalho. O público, formado mais de 150 pessoas, prestigiou a receita criada exclusivamente para a ocasião.

O projeto Tropicália: Régua e Compasso desenvolve as ações A Sopa de Maria, Uma Ideia na Cabeça e Essa Noite se Improvisa, além de manter a exposição homônima na Sala Contemporânea Mario Cravo Jr, na qual o público tem acesso a peças de artistas da música, dança e das artes visuais em evidência nos anos 60, como Lina Bo Bardi, Walter Smetak, Yanka Rudzka, Carybé, Juarez Paraíso, Lênio Braga, Jenner Augusto, Pierre Verger E fotos dos acervos de Lia e Silvio Robatto, recentemente doados ao Centro de Memória da Bahia.
O Tropicália: Régua e Compasso foi idealizado por Fernanda Tourinho, diretora da Funceb e a exposição montada no Palacete das Artes tem curadoria de Murilo Ribeiro, diretor do espaço administrado pelo IPAC.

 

 

Informações | Ascom FUNCEB

Foto | Tomaz Neto

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