De treze pré-candidatos, só Bolsonaro ignorou a morte de Marielle

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De treze pré-candidatos à Presidência da República, doze se manifestaram a respeito do brutal assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco(PSOL), executada com quatro tiros na noite de quarta-feira, na capital fluminense. O único a ignorar o assunto foi o postulante do PSL, o deputado Jair Bolsonaro – que, ironicamente, é parlamentar pelo mesmo Rio de Janeiro e se associa a uma pauta de segurança pública.

Ao longo do dia, Bolsonaro fez diversas publicações em suas redes sociais, nenhuma sobre o tema. O deputado se concentrou na sua defesa da criação de um campo de refugiados para resolver a situação dos venezuelanos que entram no Brasil a partir de Roraima. Ao jornal Folha de S.Paulo, um assessor disse que a opinião do parlamentar sobre o crime que vitimou a vereadora, uma defensora dos direitos humanos, seria polêmica demais.

Dos filhos do parlamentar que atuam na política, dois, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o deputado estadual do Rio Flávio Bolsonaro (PSL), falaram sobre o tema. Flávio chegou a dizer que lamentava a morte, em sua conta no Twitter, e que sempre tinha tido “relação respeitosa” com a vereadora.

A mensagem, no entanto, foi apagada posteriormente. Ele chegou a ser questionado por usuários da rede sobre o motivo de ter  apagado o tweet, mas Flávio não respondeu. Eduardo não lamentou a morte. O deputado por São Paulo se limitou a criticar as especulações sobre uma possível culpa de policiais militares no crime, cometido poucos dias depois de Marielle Franco ter feito duras críticas ao batalhão da polícia em Acari, na Zona Norte da cidade, o que mais mata no Rio de Janeiro.

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