Casos suspeitos de microcefalia sobem 409% em relação a 2014

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Ao menos 739 casos suspeitos de microcefalia já foram registrados este ano no país, o que representa um aumento de 409% em relação ao ano passado, quando o número foi de 147. Na Bahia, já são 13 notificações feitas pela Secretaria da Saúde do estado (Sesab), três delas em Salvador.

Os dados nacionais fazem parte do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa), divulgado nesta terça-feira, 24, pelo Ministério da Saúde (MS). Diferentemente da Sesab, o órgão federal registrou apenas oito casos na Bahia, o que a coloca em sétimo lugar no ranking dos estados com maior incidência de suspeita da doença.

Em primeiro lugar aparece Pernambuco, com 487 casos; em segundo, Paraíba (96); e em terceiro, Sergipe (54). Os casos se concentram basicamente no Nordeste. Fora da região, apenas Goiás apresenta uma suspeita.

Diante da situação, o ministro Marcelo Castro fez um apelo para que os governos estaduais e municipais utilizem todos os meios para combater o mosquito da dengue. “Estamos vivendo um momento muito grave porque tudo indica que esse surto que ocorre no Nordeste e principalmente em Pernambuco é causado pelo zika vírus”, disse.

Castro ainda alertou sobre a importância da participação da sociedade. “Ou a população se mobiliza para combater o Aedes aegypti ou não sairemos vitoriosos”, completou.
No dia 11, o ministro já havia decretado situação de emergência na região por causa incidência da doença. A microcefalia é uma situação rara em que o bebê nasce com o crânio menor do que o normal. Segundo especialistas, 90% das crianças com a doença apresentam atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e motor.

O levantamento também apontou que houve um aumento de 176% nos casos prováveis de dengue no país este ano (quando houve 1,5 milhão de registros) em relação a 2014 (555,4 mil). Os casos graves da doença também saltaram de 728 no ano passado para 1.488 este ano (aumento de 104%).

Ainda conforme o Liraa, 199 municípios brasileiros estão em situação de risco de surto de dengue e outros 665, em situação de alerta. Para classificar a situação de surto, o MS levou em consideração os municípios onde mais de 4% das casas visitadas continham larvas do mosquito.

Segundo o ministério, Salvador é uma das nove capitais que não enviaram informações sobre a dengue à pasta. A Secretaria Municipal da Saúde informou que de janeiro a outubro deste ano, 558 casos foram registrados, contra as 2.104 ocorrências de 2014, o que representa redução de 72%. Até o dia 14, o país também registrou 17.146 casos de febre chikungunya, dos quais 6.726 foram confirmados.

Já os dados da Sesab apontam para 19.231 casos suspeitos de chikungunya no estado da Bahia até novembro e outros 45.592 de zika vírus. Dezoito estados brasileiros tiveram a confirmação laboratorial do zika vírus, segundo o Ministério da Saúde, inclusive a Bahia.

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