Candidatos sobem o tom em debate na TV

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 Não se restou dúvidas nesta Segunda-Feira (1°) sobre a elevação da temperatura na disputa pelo Palácio do Planalto, elas foram embora no início da noite de ontem, quando os candidatos à Presidência se confrontaram no segundo debate televisionado da sucessão. Ao vivo, sobraram farpas para todos os lados no evento transmitido pelo SBT e feito em parceria com o jornal Folha de S.Paulo e rádio Jovem Pan. Porém o duelo mais duro foi entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra Marina Silva (PSB).

Já na abertura Dilma fez a primeira pergunta para Marina. Em tom de ironia, indagou a socialista de onde ela era tiraria dinheiro para cumprir as promessas – segundo a petista, propostas que custam cerca de R$ 180 bilhões. A resposta foi rápida: “Geralmente, quando é para subsidiar o juro dos bancos, as pessoas, como dizia Eduardo Campos, não ficam preocupadas em saber de onde veio o dinheiro, mas quando se trata de dizer que se vai tirar 10% para a educação, para que nossos jovens tenham igualdade de oportunidades, quando se diz que vai ter o passe livre, para que eles possam ter acesso à escola, ao divertimento, aí vem essa pergunta”, rebateu.

Em seguida, Dilma devolveu a alfinetada de Marina. “O maior risco que uma pessoa pode correr é não se comprometer com nada. Só ter frases de efeito, frases genéricas, você tem que explicar o que vai fazer, dizer de onde vai vir o dinheiro”, disparou a petista. Dilma tentou fazer uma contraposição entre suas políticas econômicas e as promessas de Marina, reprisando o discurso do “nós” e “eles” que a petista utilizava contra o candidato do PSDB, Aécio Neves.

“Há uma contradição, sim, em querer uma política macroeconômica atrelada a interesses como os de aumentar tarifas, arrocho de empregos. Não cabe, o cobertor é muito curto. Não se resolve isso com boas palavras ou boa intenção. Sem apoio no Congresso Nacional, não é possível assegurar um governo estável, sem crises institucionais”, afirmou Dilma.

A presidente partiu de vez para o ataque ao indagar a rival sobre o sigilo sobre as empresas para quem Marina realiza palestras, bem como sobre os  valores pagos a ela. “Eu não tenho nenhum problema em revelar as empresas que me contrataram. Todos sabem que dou palestras sobre o desenvolvimento sustentável em todo o país, e não vejo contradição entre isso e a nova política”, disse. “A Receita Federal é testemunha que pago todos os meus impostos com transparência”, disse Marina, que atribuiu o segredo a acordos de confidencialidade.

Em sua resposta, Marina disse que gostaria de ver um comparativo entre os grupos que a contrataram e aqueles que pagaram aos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso, que também mantêm os valores e os contratantes em sigilo. Dilma, escolhida para comentar a resposta de Marina, fez defesa da transparência nos cargos públicos. “Eu busco a transparência também para os R$ 500 milhões destinados ao BNDES que não estavam no orçamento público”, provocou a candidata socialista.

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